2008-06-13

 

DesUnião Europeia: o impasse


Os irlandeses rejeitaram o «Tratado de Lisboa», impedindo o desenvolvimento da concentração de poderes nas instituições da União Europeia.


Segundo a análise de
Richard Delevan, no Guardian "(...) os eleitores irlandeses estão zangados em relação à percepcionada perda de controlo - sobre a economia, a política de defesa, os valores culturais - em assuntos como o aborto, a eutanásia - (...)" (trad. de J. M. Langweg).


Comentário

Na minha perspectiva, lendo as notícias sobre a campanha, mais do que um voto de rejeição do conhecido, os irlandeses não quiseram manifestar um voto de confiança... no desconhecido.

Na Irlanda, como nos restantes países da União Europeia, os cidadãos foram deixados na ignorância a respeito do conteúdo substancial do «Tratado de Lisboa» (deliberadamente ?) hermético. Nem as melhores traduções do texto jurídico, especialmente denso, tornaram-no mais perceptível ao cidadão comum.

E os políticos também não se preocuparam em explicá-lo, nem desenvolveram esforços visíveis para motivar os cidadãos dos estados-membros, de modo a seduzi-los com as vantagens - que, também, existem - de uma maior integração europeia pretendida com o Tratado.

Os irlandeses percepcionaram essa sobranceria e deram a resposta esperada: "no".

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Comments:
Afinal parece que predominou os argumentos da direita católica, encapuçada com as figuras do aborto e da eutanásia. Creio que, pairou o fantasma da chamada "constituição", que foi anteriormente chumbada. O Tratado de Lisboa é um tratado mais social que os vigentes - pouco perceptíveis assim como este - na UE. Com o "no", continuaremos com mais do mesmo. Espera-se que, não se venha levantar sérios problemas sobre a integridade da união. O esforço foi grande, compreende-se que poderá haver pressões e estas - espero eu que não - poderão levar a crispações com consequências graves, nomeadamente o povo despertar novos sentimentos de revolta contra a UE. O panorama socio-económico, com o aumento do custo de vida: subidas de preço dos bens essenciais, não é favorável, e é demais evidente a sua capacidade inflamatória.
Bem-haja.
 
Venceu a campanha que jogou com a ignorância e a credulidade do eleitorado. Talvez por causa dos defensores do Tratado que não foram capazes de informar melhor do que os outros "desinformaram", mas este , julgo, não foi um voto de rejeição à Europa.
O maior desafio dos políticos é conseguirem explicar o que é a Europa, a porem a descoberto o que é a "personalidade europeia". A Europa ainda é jovem, em 50 anos as vitórias foram muitas mas o interiorizar do europeísmo não foi uma delas.

Para o comentário anterior: não foi só a direita católica a fazer campanha pelo não. Este foi um exemplo de como "os opostos se tocam"; a campanha foi movida pela extrema direita e extrema esquerda...
 
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