2008-03-25
Tecnologias da Informação na Justiça (II)
A questão suscitada no comentário publicado na postagem antecedente deveria ser investigada pelo Parlamento, de modo a esclarecer, integralmente, o modo como o Ministério da Justiça gere os recursos financeiros afectos às novas tecnologias e desenvolve as soluções implementadas.
Em sequência do parecer do Presidente do INESC, verdadeiramente demolidor na avaliação dos sistemas informáticos na área da Justiça, importará também apurar a responsabilidade de uma entidade ligada ao INESC no estado actual dessas tecnologias.
Conforme se pode ler aqui, a propósito da empresa visada no comentário, «A link consulting resultou de um spin-off dos Centros de Transferência Tecnológica do INESC, por intervenção da Aitec, o mais antigo grupo de base tecnológica em Portugal. Os Centros foram pioneiros em muitas áreas de actividades como a Internet, a Qualidade de Software, o Multimédia, o Suporte à Decisão, tendo participado em numerosos projectos, quer no mercado Português, quer no mercado internacional, muitos dos quais no âmbito dos programas quadros da Comunidade Europeia.»
De acordo com o comentário em causa, foi a empresa «Link», ligada ao INESC, que criou o "famoso" programa informático de cálculo e processamento das custas judiciais que, originariamente, não comunicava com o sistema "habilus", não podendo, por isso, importar os dados inseridos no sistema informático de cada secretaria judicial.
Contudo, sublinhe-se, a responsabilidade da criação desse programa nem sequer é imputável a este Governo... que preferiu gastar dinheiros públicos no "Linius" que, afinal, não tem aplicação nos tribunais.
Das "trapalhadas" acima referidas e do parecer do Presidente do INESC resulta uma convicção segura: as tecnologias da informação na Justiça devem merecer um novo enquadramento que seja, verdadeiramente, transparente e eficaz.
Para começar, convém:
a) esclarecer o que se fez - e não fez - nas últimas duas décadas em matéria de informatização dos Tribunais, do Ministério Público e dos órgãos de polícia criminal;
b) conceber sistemas informáticos compatíveis entre si, que assegurem, em segurança, o devido processamento, armazenamento e comunicação dos dados necessários ao trabalho dos órgãos atrás referidos, segundo critérios de racionalidade e de acordo com uma concepção estratégica bem definida;
A Bem da Segurança;
A Bem da Justiça;
A Bem do erário;
A Bem dos Cidadãos.
Em sequência do parecer do Presidente do INESC, verdadeiramente demolidor na avaliação dos sistemas informáticos na área da Justiça, importará também apurar a responsabilidade de uma entidade ligada ao INESC no estado actual dessas tecnologias.
Conforme se pode ler aqui, a propósito da empresa visada no comentário, «A link consulting resultou de um spin-off dos Centros de Transferência Tecnológica do INESC, por intervenção da Aitec, o mais antigo grupo de base tecnológica em Portugal. Os Centros foram pioneiros em muitas áreas de actividades como a Internet, a Qualidade de Software, o Multimédia, o Suporte à Decisão, tendo participado em numerosos projectos, quer no mercado Português, quer no mercado internacional, muitos dos quais no âmbito dos programas quadros da Comunidade Europeia.»
De acordo com o comentário em causa, foi a empresa «Link», ligada ao INESC, que criou o "famoso" programa informático de cálculo e processamento das custas judiciais que, originariamente, não comunicava com o sistema "habilus", não podendo, por isso, importar os dados inseridos no sistema informático de cada secretaria judicial.
Contudo, sublinhe-se, a responsabilidade da criação desse programa nem sequer é imputável a este Governo... que preferiu gastar dinheiros públicos no "Linius" que, afinal, não tem aplicação nos tribunais.
Das "trapalhadas" acima referidas e do parecer do Presidente do INESC resulta uma convicção segura: as tecnologias da informação na Justiça devem merecer um novo enquadramento que seja, verdadeiramente, transparente e eficaz.
Para começar, convém:
a) esclarecer o que se fez - e não fez - nas últimas duas décadas em matéria de informatização dos Tribunais, do Ministério Público e dos órgãos de polícia criminal;
b) conceber sistemas informáticos compatíveis entre si, que assegurem, em segurança, o devido processamento, armazenamento e comunicação dos dados necessários ao trabalho dos órgãos atrás referidos, segundo critérios de racionalidade e de acordo com uma concepção estratégica bem definida;
A Bem da Segurança;
A Bem da Justiça;
A Bem do erário;
A Bem dos Cidadãos.
Etiquetas: citius, INESC, ITIJ, Ministério da Justiça, Professor Doutor José Tribolet
Comments:
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Isto
"...A parte mais empresarial que aliás nos ajudou a salvar a vida nos últimos anos e a
recuperar a situação financeira, chama-se INESC Consultoria e Serviços tem o nome
comercial de Link e é uma empresa muito importante, tem mais de 220 pessoas com
alta competência neste momento no mercado..."
É um extracto de um relatório do Prof. José Tribolet que se pode encontrar aaqui: http://www3.dsi.uminho.pt/memtsi/entrevistas/n_josetribolet.pdf
...
"...A parte mais empresarial que aliás nos ajudou a salvar a vida nos últimos anos e a
recuperar a situação financeira, chama-se INESC Consultoria e Serviços tem o nome
comercial de Link e é uma empresa muito importante, tem mais de 220 pessoas com
alta competência neste momento no mercado..."
É um extracto de um relatório do Prof. José Tribolet que se pode encontrar aaqui: http://www3.dsi.uminho.pt/memtsi/entrevistas/n_josetribolet.pdf
...
bem...bem..
Penso que vale a pena ler mesmo toda a entrevista e dar de uma vez por todas o assunto por encerrado.
Acho que o senhor tribolet deve ir pregar para outras freguesias...
a não ser que queira sugerir uma auditoria ao resultado em termos contabilisticos e financeiros da famosa aplicação de custas da Link ao longo destes anos... não falo do que essa aplicação rudimentar custou... mas sim do que se ganhou ou perdeu com ela em termos de eficiência e produtividade e, mais importantes ainda, do desnorte total.. do caos absoluto.. em termos de rigor contabilistico e financeiro...
Seria bonito...
Penso que vale a pena ler mesmo toda a entrevista e dar de uma vez por todas o assunto por encerrado.
Acho que o senhor tribolet deve ir pregar para outras freguesias...
a não ser que queira sugerir uma auditoria ao resultado em termos contabilisticos e financeiros da famosa aplicação de custas da Link ao longo destes anos... não falo do que essa aplicação rudimentar custou... mas sim do que se ganhou ou perdeu com ela em termos de eficiência e produtividade e, mais importantes ainda, do desnorte total.. do caos absoluto.. em termos de rigor contabilistico e financeiro...
Seria bonito...
Além dos comentários anteriores, também foi solicitada a publicação de outro comentário por um «anónimo», cujo conteúdo não pode ser publicado, por ser difamatório.
Contudo, o seu teor levanta algumas questões pertinentes, relativas aos resultados dos contratos do Ministério da Justiça com a empresa "Accenture" (que, no entender do «anónimo», duram há cerca de cinco anos e têm prejudicado, designadamente, o rigor das estatísticas da Justiça).
Ainda segundo o mesmo comentário, esta empresa terá ainda sido contratada, recentemente, para fazer um programa, de interesse duvidoso, para o DIAP de Lisboa.
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Contudo, o seu teor levanta algumas questões pertinentes, relativas aos resultados dos contratos do Ministério da Justiça com a empresa "Accenture" (que, no entender do «anónimo», duram há cerca de cinco anos e têm prejudicado, designadamente, o rigor das estatísticas da Justiça).
Ainda segundo o mesmo comentário, esta empresa terá ainda sido contratada, recentemente, para fazer um programa, de interesse duvidoso, para o DIAP de Lisboa.
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