2008-05-27
Reforço da vigilância marítima na Península Ibérica
«O projecto espanhol, designado Sea Horse Network, (Rede Cavalo Marinho), visa o combate à imigração ilegal e aos vários tráficos (drogas, pessoas).
O sistema prevê especificamente um centro de informações a erguer em Lisboa e ainda outros em três países africanos que já se associaram ao projecto: dois na Mauritânia (Nuabibú e Nuakchot), um no Senegal (Dakar) e ainda outro na Cidade da Praia (Cabo Verde). O Spainsat, um satélite de 3,7 toneladas, já está estacionado (fixo) a 36 mil quilómetros de altitude.
(...) O sistema, conforme explicado ontem pelo El País, tenta conjugar tecnologia de ponta com recolha de informações no terreno, ou seja, com a mais tradicional espionagem.
Cada "posto" da rede deverá ter ao seu serviço agentes da "secreta" espanhola, que darão conta ao comando de Las Palmas de informações relevantes sobre imigração ilegal.
O diário espanhol deu um exemplo: o centro da Praia (Cabo Verde) detecta um barco suspeito que acaba de passar junto ao arquipélago em direcção a norte. Identifica para o comando de Las Palmas a embarcação e o sítio de origem (por exemplo: Guiné-Bissau). Las Palmas informa o centro de Dakar para que este ponha em campo os agentes da "secreta" espanhola em Bissau. Daí em diante, o navio em causa, se for confirmadamente suspeito, será seguido sempre de perto pelo Spainsat, até que se aproxime da costa ibérica. Aqui entrará em funcionamento o SIVE (Sistema Integral de Vigilância Exterior), uma rede de estações costeiras de vigilância em Espanha, equipada com radares, câmeras de vídeo e sistemas de visão nocturna.(...)»
O sistema prevê especificamente um centro de informações a erguer em Lisboa e ainda outros em três países africanos que já se associaram ao projecto: dois na Mauritânia (Nuabibú e Nuakchot), um no Senegal (Dakar) e ainda outro na Cidade da Praia (Cabo Verde). O Spainsat, um satélite de 3,7 toneladas, já está estacionado (fixo) a 36 mil quilómetros de altitude.
(...) O sistema, conforme explicado ontem pelo El País, tenta conjugar tecnologia de ponta com recolha de informações no terreno, ou seja, com a mais tradicional espionagem.
Cada "posto" da rede deverá ter ao seu serviço agentes da "secreta" espanhola, que darão conta ao comando de Las Palmas de informações relevantes sobre imigração ilegal.
O diário espanhol deu um exemplo: o centro da Praia (Cabo Verde) detecta um barco suspeito que acaba de passar junto ao arquipélago em direcção a norte. Identifica para o comando de Las Palmas a embarcação e o sítio de origem (por exemplo: Guiné-Bissau). Las Palmas informa o centro de Dakar para que este ponha em campo os agentes da "secreta" espanhola em Bissau. Daí em diante, o navio em causa, se for confirmadamente suspeito, será seguido sempre de perto pelo Spainsat, até que se aproxime da costa ibérica. Aqui entrará em funcionamento o SIVE (Sistema Integral de Vigilância Exterior), uma rede de estações costeiras de vigilância em Espanha, equipada com radares, câmeras de vídeo e sistemas de visão nocturna.(...)»
Fonte: Diário de Notícias
Comentário:
Segundo o Ministério da Administração Interna, não foi dado a conhecer às autoridades portuguesas o sistema de vigilância acima descrito. Resposta vaga, mas preocupante.
A vigilância marítima das águas territoriais portuguesas - tão necessária, quanto insuficiente -, em conjugação de esforços e de tecnologias com Espanha, constitui uma prioridade lógica de desenvolvimento da política de segurança nacional.
A vigilância marítima das águas territoriais portuguesas - tão necessária, quanto insuficiente -, em conjugação de esforços e de tecnologias com Espanha, constitui uma prioridade lógica de desenvolvimento da política de segurança nacional.
Etiquetas: Espanha, Península Ibérica, Portugal, Vigilância marítima