2007-12-13

 

«Europa» sem pensamento único


O Tratado de Lisboa é assinado nesta data.

Segundo Angela Merkel, em discurso no Parlamento alemão, «A Europa tem agora as mãos livres para se dedicar à questão central de definir o seu novo papel num mundo globalizado».



Comentário:

O problema de ontem, hoje e amanhã - com ou sem tratado - foi, é e será sempre o facto de, em questões cruciais, os estados-membros da União Europeia terem definições diferentes do papel da Europa num mundo globalizado.


Por exemplo, para uns a política agrícola comum impede um novo posicionamento da Europa na economia global - e na Organização Mundial do Comércio - e, para outros constitui um instrumento indispensável de coesão social e económica dos povos beneficiados. Para o Reino Unido, a Europa fica ... numa ilha (!), mantendo os britânicos um distanciamento bem vincado em matérias tão importantes como aquelas que vêm reguladas no Tratado de Schengen e quanto à política monetária europeia, não aderindo à moeda única.

Para os europeus continentais, é a Inglaterra que se situa numa ilha fortificada por barreiras jurídicas e económicas, que dificultam a sua integração europeia.

O Tratado de Lisboa apenas constituirá um instrumento útil, se os estados-membros da U.E. também começarem a pensar e agir de forma concertada. Mas isso talvez nunca venha a suceder... porque a riqueza das Nações europeias reside, também, na sua diversidade.

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Comments:
penso que a situação é tão simples como isto: todos falam de união, e acredite que existem muitos europeus (onde se inclui o autor deste post) que gostariam de ver uma europa com uma politica unica, um código penal unico, uma ecónomia unica (tenta-se tudo isto mas na realidade nada ainda existe), mas enquanto cada país possuir o medo ridículo de perder a sua identidade se "fusionar" certos aspectos com a consciencia una europeia, a europa nunca estará de acordo entre si, o que na minha opinião retardará cada vez mais a evolução deste continente num sem numero de campos.
 
Exmo. Sr.

Dr. Jorge Langweg,



Em relação ao "tratado de Lisboa", e esquecendo a feira das vaidades, e as fotografias para a posteridade, e aderindo em muito às teses de Pacheco Pereira quanto aos aspectos formais do dito tratado, entendo que face ao avanço descomunal da burocracia portuguesa, invadindo toda a colectividade, e a nossa maior pecha, a periferia, as nossas garantias, paradoxalmente, estão nas mãos dos burocratas europeus. Doravante os portugueses apenas terão duas portas onde bater, os moços do parlamento e do conselho e tribunais europeus, e os juizes portugueses, que a barbaridade das custas afastam.



É verdade que a soberania, a pouca que existia, vai morrendo lentamente. Todavia, prefiro ser sindicado por uma Instituição da União Europeia, ou por um juiz português do que por burocratas pátrios que mais parecem estar interessados em transformar a pátria em terra queimada. A União Europeia, e as suas instituições, como bem previu o saudoso Prof. Sousa Franco com quem tivemos o privilégio de dialogar, são entidades fundamentais para o futuro dos portugueses. Da minha banda, acrescento, o Poder Judicial é o outro pilar essencial da democracia portuguesa. Disse.



Respeitosos cumprimentos.



Gil Teixeira
 
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