2007-06-24
Venezuela: o perigo do armamento
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“Agora é demasiado cedo para informar data ou cifras concretas“, mas as negociações tratam de diversas variantes, em particular, do fornecimento de “submarinos da quarta geração Amur-950 e Amur-1650”, assim como “modelos do projeto 636 que têm integrado um sistema lança-mísseis”, disse a fonte.
Os sistemas de mísseis russos Club-S, integrados em submarinos, não têm comparação no mundo. Foram desenvolvidas para destruir objectos submersos, costeiros e de superfície aquática em condições da forte resistência radioelectrónica e de fogo.
Segundo o jornal russo Kommersant o acordo comercial já está confirmado e será assinado durante a visita do presidente venezuelano Hugo Chávez à Rússia no fim deste mês .
O acordo terá por objecto cinco submarinos diesel-eléctricos 636 e quatro de um novo modelo de submarino diesel-eléctrico Amur 677E que será fornecido às próprias Forças Armadas russas só este ano.
O lote está avaliado em 1-2 bilhões de dólares .
Segundo a mesma notícia, Venezuela alega querer os submarinos para enfrentar um eventual bloqueio naval dos EUA.
Desde 2005, Caracas gastou 3.400 milhões de dólares (2.600 milhões de euros) em armas russas, incluindo 24 aviões de caça, 35 helicópteros militares, sistemas de defesa aérea e 100.000 metralhadores Kalashnikov.
Comentário:
Estranha-se que, no Ocidente, esta notícia ainda não tenha merecido a devida atenção dos meios de comunicação social.
Com o Presidente Hugo Chávez, a Venezuela poderá constituir, a médio prazo, um foco de instabilidade político-militar no continente americano.
Conjugando esse facto com o fim previsível - também a médio prazo - da "era Fidel Castro" em Cuba, qual será, então, a reacção dos E.U.A. - se o Presidente George Bush ainda estiver no poder - e a réplica da Venezuela?
Etiquetas: armamento, E.U.A., Rússia, Venezuela
o perigo reside nas características ofensivas do armamento em questão e nas atitudes públicas «agressivas» do Senhor Presidente Hugo Chávez.
Importa ter presente que na Venezuela não existe uma oposição eficaz e actuante, estando o país dominado por um regime que condiciona ilicitamente a liberdade de expressão e a comunicação social, podendo esta apenas servir de mensageira do «discurso oficial».
Quando a guerra e a paz estão dependentes de um único homem... a vida de muitos está em perigo.
Saudações pacifistas!
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