2010-09-07
Inequivocamente contra
No programa «Prós e Contras», o Bastonário da Ordem dos Advogados afirmou não conhecer o conteúdo do processo «Casa Pia», mas não teve dúvidas em manifestar uma apreciação de mérito sobre uma decisão final (considerando as penas "muito pesadas"), cuja fundamentação ainda não foi tornada pública.
Isto, sem conhecer, inclusivamente, os factos provados.
Chegou ao desplante - ao ponto de difamar os três juízes do tribunal colectivo - de afirmar que a decisão condenatória daquele processo foi produzida para satisfazer a comunicação social e a população. Mais adiante, já transtornado pela argumentação calma do Dr. Rui Rangel, deixou escapar, de forma implícita, que para a defesa da dignidade dos advogados e dos seus constituintes, "vale tudo".
Nenhum dos seus antecessores no cargo teve comportamento semelhante.
Nenhum dos seus sucessores, certamente, o imitará. Isto, sem conhecer, inclusivamente, os factos provados.
Chegou ao desplante - ao ponto de difamar os três juízes do tribunal colectivo - de afirmar que a decisão condenatória daquele processo foi produzida para satisfazer a comunicação social e a população. Mais adiante, já transtornado pela argumentação calma do Dr. Rui Rangel, deixou escapar, de forma implícita, que para a defesa da dignidade dos advogados e dos seus constituintes, "vale tudo".
De facto, parece que para o Bastonário da Ordem dos Advogados vale mesmo tudo... até violar a lei. A noção de advocacia subjacente a tais afirmações e ao seu comportamento público acima descrito contrariam as mais elementares normas de bom senso - além de tornarem letra morta normas deontológicas -.
Nenhum dos seus antecessores no cargo teve comportamento semelhante.
Ainda bem que os juízes têm por hábito respeitar a Lei, os Advogados e os demais Cidadãos. Senão...
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