2009-12-01

 

Dia da Restauração: exige-se nova estratégia macro-económica para Portugal


Foi revelado, pelo Eurostat, que a taxa de desemprego atingiu em Portugal a fasquia de 10,2% no passado mês de Outubro (vide esta notícia da Rádio Renascença), o que preocupa os portugueses.

Convém também recordar que o défice das contas públicas será superior a 8% do PIB em 2009, com tendência para subir nos próximos dois anos - se não forem tomadas medidas extraordinárias que gerem receitas extraordinárias e outras que aumentem o PIB. Estranhamente, isto não parece preocupar os portugueses...

Finalmente, segundo Bruxelas, a dívida pública portuguesa deverá atingir, em 2011, um máximo histórico de mais de 91% do PIB. Este dado, conhecido dos economistas, ainda não parece ter influenciado as políticas públicas, apesar de já ter afectado o rating português.

Três problemas relacionados. Na causa e na solução:


A economia portuguesa terá de ser mais concorrencial e produtiva.


A receita anunciada na Cimeira Ibero-americana - mais investimento público - não será a mais adequada, uma vez que os investimentos anunciados não resolvem os problemas acima enunciados, agravando a dívida pública e absorvendo os fundos financeiros - escassos - indispensáveis aos investimentos no sector produtivo privado.


Também não se pode tributar mais as empresas, nem os trabalhadores, sob pena de estrangular ainda mais a economia portuguesa e diminuir a capacidade de atracção do investimento estrangeiro.

Exige-se, pois, uma nova estratégia e cultura macro-económica, que beneficie de um amplo consenso parlamentar.
Nada melhor do que o «Dia da Restauração da Independência» para formular esta pretensão...

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