2013-05-27
Citius Plus não foi concluído...
«O Ministério da Justiça desistiu do projecto da
empresa Critical Software, a quem pagou meio milhão de euros, para criar
mais funcionalidades e tornar mais seguro o sistema informático dos
tribunais.
A empresa Critical Software tinha sido
contratada pelo anterior Governo, em meados de 2010, por cerca de um
milhão de euros, mas o acordo, por ajuste directo, não foi cumprido e o
Ministério da Justiça optou pelo trabalho desenvolvido por uma equipa
interna, que se demitiu no início do ano.
"A empresa Critical não teve qualquer participação neste projecto",
garante o Ministério da Justiça, que, desde terça-feira, optou pela
instalação em todos os tribunais de uma versão com novas funcionalidades
e melhorada, ao nível da segurança e do desempenho, pela equipa de
Coimbra.
Segundo o Ministério da Justiça, após "análise técnica", esta versão,
que foi desenvolvida "com recursos internos do Ministério da Justiça",
permite "suportar o novo Código de Processo Civil".
Esta análise técnica corroborou as conclusões de uma anterior que o
Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ), extinto em
2012, já tinha apresentado à tutela em 2011.
Na altura, o relatório do então ITIJ considerava que a proposta da
empresa Critical Software não acrescentava a funcionalidade e a
segurança desejáveis, e mantinha algumas das suas fragilidades e
realçava que o modelo de migração para uma linguagem mais moderna (.Net)
tinha sido baseado "na lei do menor esforço".
O Ministério da Justiça esclarece que a versão do Citius Plus,
adjudicada por ajuste directo por 950 mil euros (mais IVA), "ficou
parada no tempo, com desenvolvimento incompleto, em meados de 2011". (...)»
Fonte: Jornal de Negócios
Atualização (29 de Maio de 2013):
(Foi publicado no endereço da internet da TSF (aqui), nesta data, o teor de carta enviada pela empresa Critical Software, no exercício do direito de resposta, do qual se extrai os seguintes esclarecimentos):
«(...) A Critical Software foi surpreendida com o teor da notícia, não apenas porque não foi chamada a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o mesmo, mas também, e sobretudo, pelo amplo conjunto de informações erradas que contem.
Atualização (29 de Maio de 2013):
(Foi publicado no endereço da internet da TSF (aqui), nesta data, o teor de carta enviada pela empresa Critical Software, no exercício do direito de resposta, do qual se extrai os seguintes esclarecimentos):
«(...) A Critical Software foi surpreendida com o teor da notícia, não apenas porque não foi chamada a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o mesmo, mas também, e sobretudo, pelo amplo conjunto de informações erradas que contem.
3. O Projecto Citius Plus foi adjudicado pelo Instituto das Tecnologias
da Informação na Justiça (ITIJ) à Critical Software, através de um
procedimento de ajuste direto, previsto na lei. O procedimento em
questão recebeu o visto do Tribunal de Contas no dia 22 de Junho de
2010.
4. Os objetivos, muito precisos e claros, estabalecidos para o projeto, foram: - Robustecimento da plataforma Citius/Habilus pela migração do seu código (assente em tecnologia obsoleta); - Resolução de bem identificados, e particularmente sérios, problemas de segurança; - Definição de um conjunto de processos e práticas que visavam melhorar a forma de trabalhar da equipa do ITIJ responsável pela plataforma - seguindo as melhores práticas para o efeito.
5. Com tais objetivos em mente, o Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça (ITIJ), entidade extinta em 2012, iniciou o projeto conjuntamente com a Critical Software em Junho de 2010. Este projeto foi completa e cabalmente concretizado, formalmente aceite pelo Ministério da Justiça e, como estava previsto, implementado em alguns tribunais do país. A sua conclusão, e início de utilização do software, ocorreu em 28 de Junho de 2011.
6. A partir de 28 de Junho de 2011, a Critical Software deixou de ter qualquer responsabilidade sobre o referido projeto e suas futuras evoluções, excetuando o estabelecido no normal período de garantia.
7. A Critical Software cumpriu na íntegra e escrupulosamente todas as responsabilidades resultantes do contrato. O seu resultado, aliás, existe e é, portanto, passível de escrutínio objetivo e rigoroso.
8. O relatório de auditoria, mencionado no artigo, foi um documento produzido pela equipa que tinha desenvolvido, anteriormente, a solução que este projeto visava substituir. O relatório foi extensamente analisado e discutido com o Conselho Diretivo do ITIJ. Todas as dúvidas foram esclarecidas e as críticas foram respondidas, tendo nessa sequência o projeto sido aceite.
9. A Critical Software não pode por isso responder ou prestar quaisquer esclarecimentos relacionados com a evolução do projeto posteriores a 28 de Junho de 2011, data a partir da qual deixou de ter qualquer responsabilidade em relação ao referido projeto.
10. Mais esclarece a Critical Software que não recebeu qualquer adjudicação por parte do Ministério da Justiça depois de dia 28 de Junho de 2011. A eventual adjudicação de 70.000euro referida no artigo não tem qualquer relação, direta ou indireta, com a Critical Software. Também não existiu qualquer recuo na adjudicação deste projeto, que foi cumprido e entregue dentro do prazo estipulado (Junho 2010- Junho 2011), tendo o valor pelo qual foi adjudicado sido integralmente pago à Critical Software, pelo que as afirmações constantes do referido artigo são falsas»
4. Os objetivos, muito precisos e claros, estabalecidos para o projeto, foram: - Robustecimento da plataforma Citius/Habilus pela migração do seu código (assente em tecnologia obsoleta); - Resolução de bem identificados, e particularmente sérios, problemas de segurança; - Definição de um conjunto de processos e práticas que visavam melhorar a forma de trabalhar da equipa do ITIJ responsável pela plataforma - seguindo as melhores práticas para o efeito.
5. Com tais objetivos em mente, o Instituto das Tecnologias da Informação na Justiça (ITIJ), entidade extinta em 2012, iniciou o projeto conjuntamente com a Critical Software em Junho de 2010. Este projeto foi completa e cabalmente concretizado, formalmente aceite pelo Ministério da Justiça e, como estava previsto, implementado em alguns tribunais do país. A sua conclusão, e início de utilização do software, ocorreu em 28 de Junho de 2011.
6. A partir de 28 de Junho de 2011, a Critical Software deixou de ter qualquer responsabilidade sobre o referido projeto e suas futuras evoluções, excetuando o estabelecido no normal período de garantia.
7. A Critical Software cumpriu na íntegra e escrupulosamente todas as responsabilidades resultantes do contrato. O seu resultado, aliás, existe e é, portanto, passível de escrutínio objetivo e rigoroso.
8. O relatório de auditoria, mencionado no artigo, foi um documento produzido pela equipa que tinha desenvolvido, anteriormente, a solução que este projeto visava substituir. O relatório foi extensamente analisado e discutido com o Conselho Diretivo do ITIJ. Todas as dúvidas foram esclarecidas e as críticas foram respondidas, tendo nessa sequência o projeto sido aceite.
9. A Critical Software não pode por isso responder ou prestar quaisquer esclarecimentos relacionados com a evolução do projeto posteriores a 28 de Junho de 2011, data a partir da qual deixou de ter qualquer responsabilidade em relação ao referido projeto.
10. Mais esclarece a Critical Software que não recebeu qualquer adjudicação por parte do Ministério da Justiça depois de dia 28 de Junho de 2011. A eventual adjudicação de 70.000euro referida no artigo não tem qualquer relação, direta ou indireta, com a Critical Software. Também não existiu qualquer recuo na adjudicação deste projeto, que foi cumprido e entregue dentro do prazo estipulado (Junho 2010- Junho 2011), tendo o valor pelo qual foi adjudicado sido integralmente pago à Critical Software, pelo que as afirmações constantes do referido artigo são falsas»
Etiquetas: citius plus