2011-02-13
Deolinda: recados de uma geração desalentada
Uma música ainda não gravada em suporte discográfico, mas disponibilizado gratuitamente pelos «Deolinda» no seu site oficial (clique aqui, para aceder ao local):
«Parva que Sou».
Uma canção simples, com letra incisiva.
Para reflectir.
«Parva que Sou».
Uma canção simples, com letra incisiva.
Para reflectir.
A realidade reflectida na letra encontra-se relacionada com estes dados:
"(...) a precarização do trabalho (...) É um problema dos jovens e dos que entraram no mundo do trabalho nos últimos anos.
Mas os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) não deixam margem para dúvidas: é entre os que saem das universidades e dos institutos politécnicos que os contratos a termo ou os recibos verdes mais têm crescido - 129 por cento - em comparação com o crescimento de 5,8 por cento verificado entre os que não foram além do ensino básico ou secundário. (...)
(...) hoje as pessoas percebem que não é, e passam de um diploma para outro diploma. Mas também contra a (...) precarização - deste manter as pessoas numa zona cinzenta, do recibo verde, do estágio, da bolsa, sem que lhes seja dada uma oportunidade de carreira."
O problema está em saber se estes jovens qualificados que entram no mercado de emprego vão ou não desempenhar funções compatíveis com a sua formação."
"(...) a precarização do trabalho (...) É um problema dos jovens e dos que entraram no mundo do trabalho nos últimos anos.
Mas os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) não deixam margem para dúvidas: é entre os que saem das universidades e dos institutos politécnicos que os contratos a termo ou os recibos verdes mais têm crescido - 129 por cento - em comparação com o crescimento de 5,8 por cento verificado entre os que não foram além do ensino básico ou secundário. (...)
(...) hoje as pessoas percebem que não é, e passam de um diploma para outro diploma. Mas também contra a (...) precarização - deste manter as pessoas numa zona cinzenta, do recibo verde, do estágio, da bolsa, sem que lhes seja dada uma oportunidade de carreira."
O problema está em saber se estes jovens qualificados que entram no mercado de emprego vão ou não desempenhar funções compatíveis com a sua formação."
Fonte: Público
Etiquetas: Deolinda
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Consequência da vergonhosa liberalização do ensino superior!
Passou-se do 8 [em que, de 160 presentes a exame, passavam 4!] ao 80 [com criação de cursos, cursinhos e cursecos, muitos dos quais nem se sabe para que servem, sem qualquer estudo prévio de mercado...]
Instala-se o caos, 'abrem-se' as fronteiras, oferece-se uma europa decadente e com problemas idênticos ao nosso ou piores ainda...
A formação de bons quadros técnicos, de nível médio, é necessária e urgente...
Mas, o conceito enferma de um malfadado estigma imposto por uma mentalidade tacanha e limitada que caracteriza esta nossa sociedade...
Ter um 'Dr' no cartão de crédito, ainda que se não saiba escrever minimamente, reflectir sobre as questões... ou sequer se tenha rendimentos compatíveis com a utilização de cartões de crédito... é o que importa, numa era em que se 'vive' de e para as aparências...
Por outro lado, o vil metal, ao nível dos interesses corporativos, designadamente do ensino superior, faz o resto...
Nem me dou ao trabalho de qualificar...
Os jovens merecem ser tratados com honestidade!
Eles são o futuro...
E hão-de ser as nossas elites...
É já tempo de observar e pensar nisto...
Passou-se do 8 [em que, de 160 presentes a exame, passavam 4!] ao 80 [com criação de cursos, cursinhos e cursecos, muitos dos quais nem se sabe para que servem, sem qualquer estudo prévio de mercado...]
Instala-se o caos, 'abrem-se' as fronteiras, oferece-se uma europa decadente e com problemas idênticos ao nosso ou piores ainda...
A formação de bons quadros técnicos, de nível médio, é necessária e urgente...
Mas, o conceito enferma de um malfadado estigma imposto por uma mentalidade tacanha e limitada que caracteriza esta nossa sociedade...
Ter um 'Dr' no cartão de crédito, ainda que se não saiba escrever minimamente, reflectir sobre as questões... ou sequer se tenha rendimentos compatíveis com a utilização de cartões de crédito... é o que importa, numa era em que se 'vive' de e para as aparências...
Por outro lado, o vil metal, ao nível dos interesses corporativos, designadamente do ensino superior, faz o resto...
Nem me dou ao trabalho de qualificar...
Os jovens merecem ser tratados com honestidade!
Eles são o futuro...
E hão-de ser as nossas elites...
É já tempo de observar e pensar nisto...
Sinais dos tempos…
A realidade macroeconómica, a nível europeu e mundial, determina muito do que estamos a viver neste momento, em termos de precariedade, em termos de incertezas quanto ao futuro.
De qualquer modo, entendo que o saber não ocupa lugar; por tal motivo, é de apoiar a “democratização” do acesso a uma formação de nível superior, quanto mais não seja por uma questão de realização pessoal.
A realidade macroeconómica, a nível europeu e mundial, determina muito do que estamos a viver neste momento, em termos de precariedade, em termos de incertezas quanto ao futuro.
De qualquer modo, entendo que o saber não ocupa lugar; por tal motivo, é de apoiar a “democratização” do acesso a uma formação de nível superior, quanto mais não seja por uma questão de realização pessoal.
Agradeço, a ambos, o contributo pessoal importante corporizado nos V. comentários.
Duas ideias a reter:
1. A educação e formação são desejadas, porque necessárias ao desenvolvimento social, económico e... pessoal da população;
2. Deve ser formado um novo pensamento estratégico nacional sobre os objectivos a atingir com essa educação/formação, adequando, então, os meios a tais fins.
Uma última observação: a realidade macroeconómica externa não explica a baixa produtividade nacional, nem os erros (históricos) estratégicos da governação portuguesa e de algum despesismo público irracional.
Com os meus melhores cumprimentos,
a) Jorge M. Langweg
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Duas ideias a reter:
1. A educação e formação são desejadas, porque necessárias ao desenvolvimento social, económico e... pessoal da população;
2. Deve ser formado um novo pensamento estratégico nacional sobre os objectivos a atingir com essa educação/formação, adequando, então, os meios a tais fins.
Uma última observação: a realidade macroeconómica externa não explica a baixa produtividade nacional, nem os erros (históricos) estratégicos da governação portuguesa e de algum despesismo público irracional.
Com os meus melhores cumprimentos,
a) Jorge M. Langweg
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