2010-01-08

 

Assédio moral a trabalhadores


Uma reportagem interessante sobre um tema muito pouco discutido na sociedade, retratando uma realidade dramática para muitos portugueses e que deveria merecer outra atenção por parte do legislador, das associações sócio-profissionais, dos psicólogos, dos médicos, das autoridades e... dos colegas dos trabalhadores-vítimas desse condicionamento psicológico, em regra, ilícito:

Clique aqui para aceder ao vídeo da RTP.

Jornalista: Patrícia Lucas
Imagem: Pedro Silveira Ramos
Edição: Guilherme Brízido.






Este trabalho jornalístico contou com a participação - intensiva e extensiva - da Mestre Rita Garcia Pereira, autora da obra/tese, cuja capa ilustra esta postagem e inspirou a reportagem
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Comments:
Excelente trabalho jornalistico, mas este é apenas uma parte do problema criado pela cultura portuguesa misturada com uma legislação laboral obtusa e anacronica.
 
A motivação dos comportamentos humanos tem sempre componentes psicológicas, sociais e culturais, entre outras.

A correcção dos comportamentos socialmente indesejados e censurados passa, nomeadamente, por uma legislação eficaz.

A problemática objectivada na reportagem - e na obra de investigação da Mestre R.G.P. - é agravada, na sociedade portuguesa, pela conjugação infeliz de vários factores, entre os quais avulta uma legislação desadequada e, de forma mais abrangente, um Estado pouco actuante nesta matéria.

S.m.o., claro.
Obrigado pelo comentário, «Voltaire»!
 
Observação muito pertinente do post:
os Colegas que egoisticamente voltam a cara aos abusos cometidos contra colegas de trabalho são o rosto da indiferença da sociedade, um espelho da imagem triste de muitos portugueses.
 
Gostei de ver tratada e considerada neste espaço esta questão. Subscrevo na íntegra a sua posição a respeito.
 
Caro Dr. Jorge:

Eu é que lhe agradeço a sua extrema simpatia... Mesmo!
O fenómeno é grave, muito grave. Pode ter consequências devastadoras e isso é paradoxal numa altura em que se apregoa a dignidade da pessoa humana como valor fundamental.

Muito, muito obrigada.

Rita Garcia Pereira
 
Tenho verificado que alguns jornalistas com o seu profissionalismo, sensibilidade e ética tentam trazer à consciência da opinião pública um tema actual, apresentando ao nosso país de brandos costumes, nos artigos que assinam, uma questão tão delicada como a do Assédio Moral no Trabalho, que é prática comum de toda a organização que faz tábua rasa à lei do trabalho, ao contrato colectivo de trabalho e aos direitos mais elementares dos cidadãos / trabalhadores, direitos esses consagrados na constituição da Republica.
Eu considero que todos estes Senhores que praticam Assédio Moral são criminosos na natureza das palavras e dos actos que instigam e proferem contra os seus indefesos funcionários, valendo-se naturalmente do facto de ainda não estarem criados instrumentos na legislação Portuguesa que filtrem, exponham, punam eficazmente e erradiquem definitivamente este tipo de atitudes abusivas de quem exerce o poder nas organizações.
O Assédio Moral sofisticado como se apresenta, está cada vez mais difícil de provar em tribunal, o que se passa nos locais de trabalho é considerado tabu, devido em parte á actual conjectura do mercado de trabalho e á conivência de alguns funcionários individualistas que acham sempre que a melhor posição, no que não lhes diz respeito é a de ficarem calados ou mesmo inclusive de colaborarem para agradar aos superiores e comprometerem definitivamente quem está a ser alvo deste tipo de ataques.
O que poderá existir de mais lamentável para um funcionário por conta de outrem do que o facto de trabalhar numa organização bem sucedida que resiste á actual crise mas que a nível interno não pratica este mesmo espírito de sucesso, adopta e incentiva a prática de atitudes opressoras obrigando os seus funcionários a viver diariamente um desgastante ambiente de assédio moral em que as pessoas mais resistentes lentamente se transformam em autómatos insensíveis, sem iniciativa, sem respeito pela sua própria dignidade e a dos outros.
De alguns cépticos, sem grande experiência e a quem até esta matéria incómoda, é comum ouvir-se dizer que isto agora é normal em todo o lado e que é preferível suportar tudo isto do que não ter emprego algum.
Eu respondo a estes senhores de que sou defensor da conservação do emprego sim, mas com regras sem humilhações e com respeito pela dignidade e personalidade de cada um.
Muito sinceramente, espero que rapidamente os robots sejam desenvolvidos a um nível tecnológico que possam substituir os humanos como força de trabalho, talvez estes bem programados, possam resistir aos caprichos das chefias, para alívio dos humanos / trabalhadores.
 
Apresentem isto ao Provedor de Justiça, aos partidos políticos, aos sindicatos, às confissões religiosas, ao PG da Republica, ao Tribunal Constitucional, à comissão de direitos humanos, à assembleia da república, ponham uma petição na internet. Eu assino logo.

Denunciem na internet todos os casos. Façam estatisticas.

Cristiano Ronaldo junior
 
Eu nunca faltei às aulas enquanto estudante, sempre fui uma aluna cumpridora e responsável! Depois comecei a trabalhar, sempre com grande orgulho do que fazia e investigava sempre mais para melhorar na minha área. Sempre fui dedicada, cumpridora e responsável no trabalho. Até que este ano de 2010 comecei a sentir que estava a ser tratada com pouca delicadeza pelos superiores. Não tinha problemas em mostrar o meu desagrado em relação a algumas situações injustas que se passavam no trabalho. Não adiantou! Comecei então a procurar ajuda aos sindicatos para tentar resolver esses problemas sérios de trabalho. Teria muito para dizer, coisas muitas sérias, mas o certo que nos últimos meses deste ano, pela primeira vez da minha vida profissional não me sentia em condições para trabalhar e fiquei de baixa médica. Voltei ao trabalho mas passado algumas semanas não consegui ir trabalhar outra vez! Sim, considero-me vítima de assédio moral, mobbing. Trabalho na função pública. E, com certeza, não sou a única do meu trabalho...
 
A quem podemos pedir ajuda???
Estou a ser vitima e não sei a quem recorrer.
Procurei o sindicato mas como não sou ainda sindicalizada... ajuda nada...
pensei na ACT não sei, gostaria de consultar um ou uma advogado especialista neste assunto...
se me souberem indicar fico muito agradecida
 
Sugiro a senhora advogada que concedeu a entrevista e é a autora do livro referido na postagem: Dra. Rita Garcia Pereira.

Consultando o site da Ordem dos Advogados, encontrei o seu endereço profissional e o e-mail:

Av Miguel Bombarda, 61 - 5º, 1050-161 Lisboa.

E-mail: ritagarciapereira-18307@adv.oa.pt

Desejo-lhe o melhor sucesso.
 
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