2006-09-22
Trabalho nos estabelecimentos prisionais
«Responsáveis de cinco empresas contratantes de reclusas do Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo (EPESCB), Matosinhos, elogiaram a qualidade do trabalho das detidas, escreve a agência Lusa.
Cerca de 130 das 200 reclusas da cadeia feminina de Santa Cruz do Bispo trabalham dentro do estabelecimento para empresas externas, na sua maioria de confecção e calçado, mas também de equipamentos para automóveis, papelaria, limpeza, cozinha, lavandaria, cabeleireiro e jardinagem.
Numa apresentação a empresários na Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Leça da Palmeira, Matosinhos, responsáveis das empresas Diel Enco (elastómeros para automóveis), The Pazo (alta costura), Ambar (papelaria), Confetil (confecções) e F-Moda (confecções) recomendaram aos seus colegas a contratação de reclusas do EPESCB.
«Foi um espanto. Logo depois da primeira semana coloquei aqui máquinas para elas fazerem tudo, desde o corte até à embalagem. São pessoas muito acessíveis», disse Ana Paula Sousa, da The Pazo, referindo que as nove costureiras reclusas que emprega produzem 1.200 peças de vestuário por mês.
A empresária salientou que as encomendas já são expedidas directamente da cadeia para os clientes, não sendo necessária a sua passagem pela fábrica da empresa, nos Carvalhos, Gaia.
«O trabalho é melhor do que lá fora. São mais empenhadas. É um grupo espectacular», salientou Carla Sousa, gestora da linha de produção montada, em Fevereiro, pela The Pazo no EPESCB.
A directora do estabelecimento, Elisabete Ferreira Dias, destacou a importância que este projecto inédito de trabalho em meio prisional tem para a reinserção social e profissional das reclusas.
«Uma reclusa que está prestes a sair vai continuar a trabalhar na empresa para quem trabalha aqui», realçou a directora.
Catarina Rocchi, responsável pelo projecto de trabalho em meio prisional do EPESCB, disse que, em média, trabalham 48 reclusas na área de serviços da cadeia, auferindo um vencimento base de 3,40 euros por dia, até um máximo de 200 euros por mês».
Fonte da notícia: Portugal Diário
Comments:
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Não que seja pessimista ou negativista...mas parece-me que a maior vantagem deste tipo de trabalho é o seu baixo custo e o vinculo (inexistente).
É óbvio que também ajuda as reclusas...é como se costuma dizer, "juntar o útil ao agradável"
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É óbvio que também ajuda as reclusas...é como se costuma dizer, "juntar o útil ao agradável"
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