2006-07-19
Fundação Calouste Gulbenkian: 50 anos
O Presidente da República presidiu à sessão solene que assinalou os 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian.
Segundo o artigo de Ana Vitória, publicado no Jornal de Notícias, «No filme que Manoel de Oliveira fez propositadamente para assinalar os 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), e que ontem abriu a sessão solene evocativa da efeméride, há uma série de planos com portas que se abrem. Portas que dão acesso a vários dos espaços da instituição que, desde há meio século, se caracterizou por demonstrar que "o improvável não é possível", o mote que dá título ao documentário.
A simbologia das portas que se abrem e da independência que é a característica mais vincada da instituição, foi de certo modo glosada nos três discursos das outras tantas personalidades que falaram na sessão solene. Emílio Rui Vilar, o presidente da FCG, lembrou a determinado passo que "a independência [da FCG] significa estarmos apenas subordinados à lei e aos estatutos. Não dependemos de quaisquer outros poderes, políticos, económicos ou sociais. Somos senhores das nossas decisões, num exercício solitário da responsabilidade".
Também o orador convidado da sessão, o sociólogo António Barreto, lembrou que a enorme influência que a Fundação teve na sociedade portuguesa. Na FCG "a vanguarda da ciência coexistia com as (...) bibliotecas itinerantes. A assistência aos desfavorecidos era paralela à excelência da grande música. As bolsas de estudo para as artes não impediam as destinadas aos alunos pobres do secundário".»
Comentário:
Recordo, com prazer:
a) nos anos 70: as minhas visitas à biblioteca itinerante; a participação num concerto no anfiteatro da Fundação (ainda hoje me lembro do calor que estava nesse dia...);
b) a partir dos anos 80: a compra de livros sobre temáticas de Direito e Economia, editados pela Fundação;
c) a partir de fins dos anos 80, 90 e já neste século: a audição de concertos - também da orquestra Gulbenkian -, em diversos auditórios da Fundação; a assistência a bailados, também da - entretanto extinta - Companhia de Bailado da Fundação; a visita a exposições de pintura e de escultura que estiveram na Fundação;
Obrigado FCG, por tais recordações!